quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Possível?

Já sentiu uma vontade de estar em outro lugar, em outro tempo, com outras pessoas? Creio que sim, assim como eu creio que todos temos desejos de mudar, sair em busca de sonhos alucinantes, aventuras que sendo como somos jamais seriamos capazes de enfrentar.
Bem, quem nos dera poder fazer o que nos vem a mente no exato momento em que isso nos ocorre, é como a vontade de morrer, ao mesmo instante que ela vem e queremos adentrar a terra e ser envolvidos em seus braços, alguns instantes mais tarde já não nos parece tão oportuna a ideia. Tudo o que se sente passa, pode demorar ou não, há coisas que são instantaneas outras que levam um bom tempo pra passar.
Pense no que realmente quer fazer, agir com raiva ou ódio não lhe tará bons frutos, o arrependimento é mais provavel! Pense no que fará para que se o arrependimento bater a sua porta você tenha plena certeza de que valeu a pena naquele momento.

domingo, 7 de novembro de 2010

Um dia quase como outro qualquer!

Era um dia normal para mim, estudei a manhã toda, e estava trabalhando a tarde como me era de costume. Às três horas encaminhei-me para o mercado que ficava na esquina do local onde eu trabalhava, era como se já soubesse que algo iria acontecer naquele exato momento, e meu sexto sentido não falhou: ao olhar para o outro lado do rio, em uma pequena montanha, havia algumas casas e um cemitério, dizia-se que o local era abandonado, mas como poderia um local sem ninguém pegar fogo assim?Quando olhei para aquela vista que me era comum, uma vez que quando voltara para o trabalho dava-me de frente para tal paisagem, mesmo que sem querer, dei-me conta que o lugar estava com algumas das casas em chama, e o cemitério com lapides cobertas de um fogo estranho, este possuía chamas azuis e verdes, um fenómeno que minhas pupilas jamais observaram igual. Aquele fogo consumia tudo o que tocava, mas, havia algo estranho, por que apenas no cemitério o fogo era diferente? Essa pergunta perturbava-me de tal maneira que não consegui resistir a ela, era como um chamado ou algo semelhante. Corri de volta onde trabalhava e pedi para que alguém me acompanha-se até aquele misterioso lugar, duas pessoas foram comigo: um senhor de meia idade 3 uma outra senhora de uns cinquenta e quatro.Fomos pela ponte que era o caminho mais longo, todos podiam ver as chamas das casas, mas ninguém tentava apagá-las, todos os poucos moradores que ali ainda residiam viam suas casas serem consumidas pelo fogo e nada faziam. Todos estavam nas ruas como se fossem mortos vivos, pareciam apenas vegetar naquele lugar, quando lhes era perguntado algo, apenas nos olhavam e retomavam a vista para o fogo que parecia lhes consumir a alma. Nos dirigimos para o cemitério, sendo que lá havia uma casa, para ser mais exato uma capela na qual muito tempo ninguém ia. Decidimos passar a noite naquele local, algo que me chamou a atenção foi o fato de haver três camas postas na capela, para mim era como se alguém soubesse que iríamos vir. Tenho de confessar que estava morta de medo, mas, meus companheiros de trabalho não. Era estranho duas pessoas chegarem a um cemitério, verem as camas e já irem se deitando, me preocupei com o fogo que eu havia visto, os deixei dormindo e sai para ver o que estava acontecendo por ali, para minha total surpresa, não havia nada queimado, apenas as chamas permaneciam queimando, tentei tocar em uma lapide, mas para minha maior surpresa o fogo passou por minha mão como se fosse apenas uma simples luz, senti uma sensação estranha novamente, mas dessa vez não era de medo, e sim de espanto, como pode o fogo passar por carne viva e não lhe fazer nada? Corri de volta para a capela, encontrei meus colegas em sono profundo, olhei para o relógio na parede, eram cinco horas da madrugada, mas em meu relógio de pulso, apenas três da tarde, como poderia isso? Já era noite no local, mas se olhasse para o outro lado do rio, via-se uma cidade em plena luz do dia, meus sentidos falharam-me, tive um lapso de memória, era como se tudo o que estivesse vivendo fosse um sonho.Ao acordar novamente, lembrei-me do fato da diferença de hora, tornei a olhar para os relógios, o da parede permanecia igual, apenas o ponteiro dos segundos movia-se, em meu pulso, o horário agora eram seis da tarde, dirigi-me para a janela e pude observar como tudo agora era diferente: o fogo não mais queimava, as casas eram somente montes de cinzas, e as pessoas, onde estavam as pessoas? Como poderiam ter saído dali tão depressa? Andei por toda a rua principal, observei as casas totalmente queimadas, não pude ver ninguém alem de mim mesmo, quando me dei conta, estava novamente de frente a porta da capela do cemitério, meu coração parecia ter parado de bater, meu sangue de correr e tudo mais de funcionar. Vi meus companheiros despertarem do sono e alguém mais, na terceira cama, quem poderia ser, não havia mais ninguém ali antes? Aquele ser aproximou-se de mim e atravessou-me do mesmo modo que a chamo o fez, virei o mais rápido que pude, vi apenas a sombra de um homem alto e magro adentrar uma sepultura, meu coração bateu mais forte que nunca, dei um grande suspiro, uma dor como se um punhal me atravessasse o peito, algo eu não sei explicar. Senti uma mão segurar em meu ombro e recobrei os sentidos. Era meu companheiro que me viu parada em frente à porta e chamou, como não respondi, afinal não escutara nada anteriormente, ele tocou-me para chamar minha atenção. Contei o que havia se passado comigo, ele me disse que era apenas um sonho, afinal eu estava dormindo na terceira cama. Ao ouvi-lo dizer isso acordei em minha cama, em casa e percebi que tudo foi apenas um sonho afinal de contas.