sábado, 11 de dezembro de 2010

Busque um dicionário....


            Se você meu caro leitor é uma pessoa que já presenciou uma discussão na qual um dos envolvidos fica apenas repetindo “Eu que sei!” temos algo em comum.
            Quero expressar minha indignação quanto a essa frase, realmente, creio que essa pessoa de nada sabe, devia ao menos consultar um dicionário e aprender alguns vocábulos novos, você não concorda?
            Buscar e adquirir cultura não faz mal a ninguém, é sempre bom aprender algo novo e usufruir do mesmo. Cada coisa que se aprende é algo que se levará para a vida toda, o conhecimento é a única coisa que ninguém pode tomar de nós, só pode ser compartilhado, quanto mais se divide mais se tem. Tudo o que se passa a diante é sinal que alguém mais vai usá-lo e que você vai ter mais um espacinho para as novidades que a vida nos trás diariamente. Aprenda com seus erros e acertos, seja empirista, foi isso que um amigo me disse recentemente.
            O que errar hoje proporcionará uma nova busca, novas tentativas de acerto, se errar novamente ao menos saberá mais uma maneira de não fazer o que queria dar certo.  
            Esse texto é dedicado a duas pessoas, a primeira pode ser qualquer um que utilize essa frase de maneira mesquinha e sem conteúdo, a segunda é um amigo que tem uma mente incrível e que conheci há pouco tempo, a você meu caro toda a sorte e felicidade que você almeja.

..............................................................Srta. SilehC....................................................................................

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Possível?

Já sentiu uma vontade de estar em outro lugar, em outro tempo, com outras pessoas? Creio que sim, assim como eu creio que todos temos desejos de mudar, sair em busca de sonhos alucinantes, aventuras que sendo como somos jamais seriamos capazes de enfrentar.
Bem, quem nos dera poder fazer o que nos vem a mente no exato momento em que isso nos ocorre, é como a vontade de morrer, ao mesmo instante que ela vem e queremos adentrar a terra e ser envolvidos em seus braços, alguns instantes mais tarde já não nos parece tão oportuna a ideia. Tudo o que se sente passa, pode demorar ou não, há coisas que são instantaneas outras que levam um bom tempo pra passar.
Pense no que realmente quer fazer, agir com raiva ou ódio não lhe tará bons frutos, o arrependimento é mais provavel! Pense no que fará para que se o arrependimento bater a sua porta você tenha plena certeza de que valeu a pena naquele momento.

domingo, 7 de novembro de 2010

Um dia quase como outro qualquer!

Era um dia normal para mim, estudei a manhã toda, e estava trabalhando a tarde como me era de costume. Às três horas encaminhei-me para o mercado que ficava na esquina do local onde eu trabalhava, era como se já soubesse que algo iria acontecer naquele exato momento, e meu sexto sentido não falhou: ao olhar para o outro lado do rio, em uma pequena montanha, havia algumas casas e um cemitério, dizia-se que o local era abandonado, mas como poderia um local sem ninguém pegar fogo assim?Quando olhei para aquela vista que me era comum, uma vez que quando voltara para o trabalho dava-me de frente para tal paisagem, mesmo que sem querer, dei-me conta que o lugar estava com algumas das casas em chama, e o cemitério com lapides cobertas de um fogo estranho, este possuía chamas azuis e verdes, um fenómeno que minhas pupilas jamais observaram igual. Aquele fogo consumia tudo o que tocava, mas, havia algo estranho, por que apenas no cemitério o fogo era diferente? Essa pergunta perturbava-me de tal maneira que não consegui resistir a ela, era como um chamado ou algo semelhante. Corri de volta onde trabalhava e pedi para que alguém me acompanha-se até aquele misterioso lugar, duas pessoas foram comigo: um senhor de meia idade 3 uma outra senhora de uns cinquenta e quatro.Fomos pela ponte que era o caminho mais longo, todos podiam ver as chamas das casas, mas ninguém tentava apagá-las, todos os poucos moradores que ali ainda residiam viam suas casas serem consumidas pelo fogo e nada faziam. Todos estavam nas ruas como se fossem mortos vivos, pareciam apenas vegetar naquele lugar, quando lhes era perguntado algo, apenas nos olhavam e retomavam a vista para o fogo que parecia lhes consumir a alma. Nos dirigimos para o cemitério, sendo que lá havia uma casa, para ser mais exato uma capela na qual muito tempo ninguém ia. Decidimos passar a noite naquele local, algo que me chamou a atenção foi o fato de haver três camas postas na capela, para mim era como se alguém soubesse que iríamos vir. Tenho de confessar que estava morta de medo, mas, meus companheiros de trabalho não. Era estranho duas pessoas chegarem a um cemitério, verem as camas e já irem se deitando, me preocupei com o fogo que eu havia visto, os deixei dormindo e sai para ver o que estava acontecendo por ali, para minha total surpresa, não havia nada queimado, apenas as chamas permaneciam queimando, tentei tocar em uma lapide, mas para minha maior surpresa o fogo passou por minha mão como se fosse apenas uma simples luz, senti uma sensação estranha novamente, mas dessa vez não era de medo, e sim de espanto, como pode o fogo passar por carne viva e não lhe fazer nada? Corri de volta para a capela, encontrei meus colegas em sono profundo, olhei para o relógio na parede, eram cinco horas da madrugada, mas em meu relógio de pulso, apenas três da tarde, como poderia isso? Já era noite no local, mas se olhasse para o outro lado do rio, via-se uma cidade em plena luz do dia, meus sentidos falharam-me, tive um lapso de memória, era como se tudo o que estivesse vivendo fosse um sonho.Ao acordar novamente, lembrei-me do fato da diferença de hora, tornei a olhar para os relógios, o da parede permanecia igual, apenas o ponteiro dos segundos movia-se, em meu pulso, o horário agora eram seis da tarde, dirigi-me para a janela e pude observar como tudo agora era diferente: o fogo não mais queimava, as casas eram somente montes de cinzas, e as pessoas, onde estavam as pessoas? Como poderiam ter saído dali tão depressa? Andei por toda a rua principal, observei as casas totalmente queimadas, não pude ver ninguém alem de mim mesmo, quando me dei conta, estava novamente de frente a porta da capela do cemitério, meu coração parecia ter parado de bater, meu sangue de correr e tudo mais de funcionar. Vi meus companheiros despertarem do sono e alguém mais, na terceira cama, quem poderia ser, não havia mais ninguém ali antes? Aquele ser aproximou-se de mim e atravessou-me do mesmo modo que a chamo o fez, virei o mais rápido que pude, vi apenas a sombra de um homem alto e magro adentrar uma sepultura, meu coração bateu mais forte que nunca, dei um grande suspiro, uma dor como se um punhal me atravessasse o peito, algo eu não sei explicar. Senti uma mão segurar em meu ombro e recobrei os sentidos. Era meu companheiro que me viu parada em frente à porta e chamou, como não respondi, afinal não escutara nada anteriormente, ele tocou-me para chamar minha atenção. Contei o que havia se passado comigo, ele me disse que era apenas um sonho, afinal eu estava dormindo na terceira cama. Ao ouvi-lo dizer isso acordei em minha cama, em casa e percebi que tudo foi apenas um sonho afinal de contas.

domingo, 5 de setembro de 2010

Só em Letras mesmo II

Licença escritistica, é meus caros leitores mais uma pérola dos acadêmicos de letras, depois do neologismo verbal "estavaria" chegou ao nosso conhecimento a licença escritistica que nada mais é do que a tão conhecida Licença Poética que muitos de nossos autores e compositores utilizam para transmitir a mensagem e fazer com que a mesma seja entendida pelos destinatários.
Um belo exemplo de licença poética é a música Inútil,onde usa-se "a gente" para mostrar um contraste entre as classes letrada e analfabeta, segue letra:

"(vô cantar tudo de novo, ô ?!)

A gente não sabemos
Escolher presidente
A gente não sabemos
Tomar conta da gente
A gente não sabemos
Nem escovar os dente
Tem gringo pensando
Que nóis é indigente...

"Inúteu"!
A gente somos "inúteu"!
"Inúteu"!
A gente somos "inúteu"!

A gente faz carro
E não sabe guiar
A gente faz trilho
E não tem trem prá botar
A gente faz filho
E não consegue criar
A gente pede grana
E não consegue pagar...

"Inúteu"!
A gente somos "inúteu"!
"Inúteu"!
A gente somos "inúteu"!
"Inúteu"!
A gente somos "inúteu"!
"Inúteu"!
A gente somos "inúteu"!
"Inúteu"!
A gente somos "inúteu"!
"Inúteu"!
A gente somos "inúteu"!

A gente faz música
E não consegue gravar
A gente escreve livro
E não consegue publicar
A gente escreve peça
E não consegue encenar
A gente joga bola
E não consegue ganhar...

"Inúteu"!
A gente somos "inúteu"!
"Inúteu"!
A gente somos "inúteu"!
"Inúteu"!
"Inúteu"!
"Inúteu"!
Inú! inú! inú..."

...............................SilehC..................Contribuição Letras Inglês 2010-2012..........................................................................

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Ponto de vista

Essa foi uma conversa de sala de aula em uma faculdade, vejam como se portam os academicos:
- Deveriamos locar uma vã para vijarmos apenas com quem gostamos!
- Vou locar uma moto!



...........Esse texto foi uma total colaboração J. R. Travalini (o individuo da moto)...................................................................SilehC....

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Só em Letras mesmo!!

Eis que retornando da tão sonhada temporada de férias surgem as perguntas de sempre, e onde eestará um de nossos ilustres amigos? Na resposta um verbo novo que o Aurélio ainda não havia tomado conhecimento, a resposta a ausência de um dos membros foi:
"Ele disse que estavaria aqui!"
É esse verbo nem Camoes pode aproveitar em seus escritos! Começou a busca para a conjugação do tal verbo, afinal de contas, verbo se caracteriza por ter uma forma para cada pessoa, aqui vai o resultado do retorno das férias academicas!

Eu estavarei
Tu estavarás
Ele estavaria
Nós estavaremos
Vóis estavarás
Eles estavaram

Imaginem o que nossas mentes são capazes de criar!!!

By SilehC Colaboração Ilustrissímo K.J.B.O

domingo, 27 de junho de 2010

Luis Fernando Verissimo Divirtam-se!

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.
Luís Fernando Veríssimo

...

Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.

Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.

Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
Albert Einstein

R.

Meu amigo, quero dizer-te que permaneço por tua causa, porque te fiz uma promessa e nada no mundo pode fazer com que eu não a cumpra! A vida se encarregará das respostas as tuas perguntas, dos lenços para secar suas lagrimas, do consolo quando não há nada a se dizer!
Te desejo o que a vida tem de melhor, não siga a vida dos poetas que estudamos, eles eram meros fanfarrões e não souberam aproveitar ao máximo a inteligência que possuíam!
Não direi o que você já sabe, e também não repetirei mais nada!
Deixo a ti minha breve despedida!

domingo, 20 de junho de 2010

Vade in pace

A dor que sinto você não pode parar, a falta não há nesse mundo o que substitua, quem causou isso em mim não pode mais responder aos meus chamados, esta talvez em um lugar melhor, olhando por nós, vivendo a imortalidade, enquanto aqui fico com as lembranças, a saudade de tempos que se foram, e a certeza de que um dia também irei, quem sabe encontrar todos os que não posso mais tocar?


Digo apenas que os amo, os que estão aqui, os que estão longe de mim, aqueles que não mais vejo!


Saudade!

In Memorian!!!
Requiescat in pace!!!

sábado, 29 de maio de 2010

Surpresas

A cada dia que passa nos surpreendemos com nossos colegas, pessoas que nos chamam atenção por fatos pequenos mas que jamais esqueceremos. Isso ocorreu comigo durante uma apresentação de trabalho na faculdade, o tema dos trabalhos era escritores romantistas brasileiros, eis que surge uma equipe com Fagundes Varela e sua flor de maracujá. Que apresentação linda e inesperada, ao declamar o poema o aluno entregava flores de maracujá as colegas de turma! Segue o poema:


Flor de maracujá

Pelas rosas, pelos lírios,
Pelas abelhas, sinhá,
Pelas notas mais chorosas
Do canto do Sabiá,
Pelo cálice de angústias
Da flor do maracujá!

Pelo jasmim, pelo goivo,
Pelo agreste manacá,
Pelas gotas de sereno
Nas folhas do gravatá,
Pela coroa de espinhos
Da flor do maracujá.

Pelas tranças da mãe-d'água
Que junto da fonte está,
Pelos colibris que brincam
Nas alvas plumas do ubá,
Pelos cravos desenhados
Na flor do maracujá.

Pelas azuis borboletas
Que descem do Panamá,
Pelos tesouros ocultos
Nas minas do Sincorá,
Pelas chagas roxeadas
Da flor do maracujá!

Pelo mar, pelo deserto,
Pelas montanhas, sinhá!
Pelas florestas imensas
Que falam de Jeová!
Pela lança ensangüentado
Da flor do maracujá!

Por tudo que o céu revela!
Por tudo que a terra dá
Eu te juro que minh'alma
De tua alma escrava está!!..
Guarda contigo este emblema
Da flor do maracujá!

Não se enojem teus ouvidos
De tantas rimas em - a -
Mas ouve meus juramentos,
Meus cantos ouve, sinhá!
Te peço pelos mistérios
Da flor do maracujá!

sábado, 22 de maio de 2010

Recomeço ou fim?

Certa vez ouvi uma frase que dizia:
A vida nunca termina, mas sempre recomeça no fim.
Ao questionar o pensamento da frase concluímos... A vida nos surpreende e jamais morre ou sequer para.
Recomeça no fim de um namoro, no fim de uma amizade. Recomeça num final de encontro...
Recomeça numa brincadeira com os amigos, no adeus para quem fará uma viagem para um lugar qualquer.
Nunca acaba, há fases boas e ruins e ... o que seria do bem se não houvesse o mal, não haveriam vitórias, nem equilíbrio.
Não haveria razões pelas quais vencer.
A vida recomeça toda manhã, chega ao fim toda noite.
Temos medo de morrer, porque não sabemos para onde estamos indo... a dor é para quem fica... mas quem sabe Deus há uma nova vida nas fronteiras do invisível, toques do sobrenatural, o amor é a certeza de que não morremos...
Ressurgimos!
Disse eu que: “As nossas limitações são o que nos torna mais humanos, o que nos impossibilita como obstáculos, é o que nos torna fortes.”
A vida recomeça no fim de um abraço, no calor de um afago.
Interminante...
O possível repete, mas Deus nos criou porque a qualquer momento nosso amor fará coisas impossíveis.
Estamos recomeçando a cada queda o importante é que aprendemos a perder o medo de cair.
Podemos sair da vida...
Sair do agora....
Sair de cena.....
Mas estaremos recomeçando em algum novo lugar!
D.M. Lucas

domingo, 16 de maio de 2010

Junqueira Freire

Seria Junqueira Freire um atormentado?

Creio que não, ele talvez apenas visse a morte como algo normal e não tão assustador como a maioria das pessoas, em seu poema "Morte" ele transmite uma ideia diferente da decomposição de um cadáver, não apenas um corpo que anteriormente era a morada de uma alma e agora inabitado, mas uma matéria orgânica que dá vida a novos seres através de sua decomposição.

Conheci esse autor por acaso quando fazia um trabalho da faculdade, como sou fã de Edgar Allan Poe acabei por me apaixonar também por Freire, suas poesias são de um gosto um tanto estranho, mas se levarmos em conta a cultura gótica dos dias atuais ele se identifica. Segue o poema Morte! Boa leitura e boa sorte!
Morte

Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o termo
De dous fantasmas que a exigência formam,
- Dessa alma vã e desse corpo enfermo.

Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o nada,
Tu és a ausência das moções da vida,
Do prazer que nos custa a dor passada.

Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és apenas
A visão mais real das que nos cercam,
Que nos extingues as visões terrenas.

Nunca temi tua destra,
Não sou o vulgo profano;
Nunca pensei que teu braço
Brande um punhal sobr'- humano.

Nunca julguei-te em meus sonhos
Um esqueleto mirrado;
Nunca dei-te, pra voares,
Terrível ginete alado.

Nunca te dei uma fouce
Dura, fina e recurvada;
Nunca chamei-te inimiga,
Ímpia, cruel, ou culpada.

Amei-te sempre: — e pertencer-te quero
Para sempre também, amiga morte.
Quero o chão, quero a terra, — esse elemento
Que não se sente dos vaivéns da sorte.

Para tua hecatombe de um segundo
Não falta alguém? — Preencha-a comigo:
Leva-me à região da paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.

Miríadas de vermes lá me esperam
Para nascer de meu fermento ainda,
Para nutrir-se e meu suco impuro,
Talvez me espera uma plantinha linda.

Vermes que sobre podridões refervem,
Plantinha que a raiz meus ossos ferra,
Em vós minha alma e sentimento e corpo
Irão em partes agregar-se à terra.

E depois nada mais. Já não há tempo,
Nem vida, nem sentir, nem dor, nem gosto.
Agora o nada, — esse real tão belo
Só nas terrenas vísceras deposto.

Facho que a morte ao luminar apaga,
Foi essa alma fatal que nos aterra.
Consciência, razão, que nos afligem,
Deram em nada ao baquear em terra.

Única idéia mais real dos homens,
Morte feliz — eu quero-te comigo,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.
Também desta vida à campa
Não transporto uma saudade.

Cerro meus olhos contente
Sem um ai de ansiedade.
E como autômato infante
Que inda não sabe mentir,
Ao pé da morte querida
Hei de insensato sorrir.

Por minha face sinistra
Meu pranto não correrá.
Em meus olhos moribundos
Terrores ninguém lerá
Não achei na terra amores
Que merecessem os meus.
Não tenho um ente no mundo
A quem diga o meu — adeus.
Não posso da vida à campa
Transportar uma saudade.
Cerro meus olhos contente
Sem um ai de ansiedade.
Por isso, ó morte, eu amo-te e não temo:
Por isso, ó morte, eu quero-te comigo.
Leva-me à região da paz horrenda,
Leva-me ao nada, leva-me contigo.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Tiriva

Em um belo dia onde tudo corria bem, eis que surge um ser humano contando uma hitória do tempo de sua infância.

Na casa de meu avô havia uma tiriva no teto. Um dia meu avô foi ver como ela estava, ele voltou dizendo : "A tiriva esta ressabiada."

Então te pergunto meu caro leitor, para você o que seria uma tiriva ressabiada? Sua opinão pode ser bem diferente do que para meu amigo (o ilmo proprietário da história), mas segue a versão dele!

Uma tiriva ressabiada é aquela que fica olhando em volta sem ter o que ver realmente, traduzindo pro bom e assassinado português: uma pessoa que fica olhando ao seu redor devido a presença de outra!!!

Agora lhe dei material suficiente pra obter calculos próprios, boa sorte meu leitor!!!

Divirta-se!!!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Especialmente para vocês....

curiosos de plantão, sei que a curiosidade mata! Então poupando vosso tempo em procurar aqui segue o poema tão falado!!

bjus


Delirio!!!

Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
– Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!


Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.


Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
– Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.


No seu ventre pousei a minha boca,
– Mais abaixo, meu bem! – disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci....



Olavo Bilac

sábado, 1 de maio de 2010

Despedida

Sinto que estou perdendo algo, mas é apenas mais uma das fases da vida! Chegadas e despedidas são mais comuns do que se pensa!

Recebi um email que comparava a vida a uma viagem de trem, sabe ele tinha razão! As pessoas que mais amei na vida não estão todas comigo, familiares, amigos, nem minha irmã que apesar de muito pequenina não pode conhecer esse mundo que apesar de todos os defeitos é lindo.

Essa postagem é uma despedida, estou me despedindo de algumas pessoas que entraram em minha vida por um acaso, mas que com eles aprendi muito, a vocês meu muito obrigado, meus sinceros agradecimentos pela paciência que tiveram comigo, e principalmente pela insistência, pois sou “cabeça dura”, teimosa, e muitos outros adjetivos que sei que são de minha posse.

Obrigado a vocês professores que com muita calma ensinaram a mim coisas que jamais esqueci, tenho muito a dizer a vocês, em primeiro lugar, parabéns pela coragem, afinal de contas, lecionar não é tão simples como parece (estou sentindo na pele), mas ver a carinha de alguém que aprendeu com você é gratificante!

Obrigado aos meus colegas de trabalho, com vocês aprendi o que é ser profissional, aprendi coisas que jamais me passaram pela cabeça, descobri que coisas das quais eu tremia de medo não me atingem. Sinto saudades de muitos colegas que não estão mais por perto, não pensem que esqueci de vocês, não se passa um dia sem que pense em cada um, cada jeito de ser, cada sorriso, cada lagrima!

É uma pena que não possa citar cada um de vocês!

A saudade vai sempre existir, ninguém é tão perfeito que não magoe alguém, nem tão imprudente que não faça alguém feliz. (SilehC)

Minha despedida antecipada de alguns e tardia de outros!

Meu desejo de que vossos sonhos sejam conquistados e de que possamos algum dia nos rever.

sábado, 17 de abril de 2010

Pátria Amada

Pátria amada
por todos idolatrada
nesse Brasil gigante
que vai sempre adiante
com seu povo, sua gente
que aguarda paciente
a melhora do seu lugar.

Brasil de povos mistos
com seus artistas e rabiscos,
com sua fauna e flora.
O povo espera a hora
para olhar para fora
ter a certeza de que aqui sim
esse é o meu país, é aqui que sou feliz!

Amizade


N
inguém gosta de solidão
Nem de ser deixado na mão
se há confiança
a ultima a morrer é a esperança!

Sei que não me deixará
Não importa o tempo
Minha ausencia alimentará
em ti a saudade e a lembrança.

Minha presença permanece
mesmo que em pensamento
não, jamais esquece
é como o alimento.

O corpo, a alma e a fé,
uma mistura completa
assim a amizade é
de surpresas repleta!

Amo aos amigos
são como anjos
na terra caidos
que passam despercebidos .
-----------------------------------------SilehC LyZ

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cuidado meu caro!


Amigos têm diversas finalidades, uma delas é somar forças conosco.

A amizade não é apenas dizer "eu possuo amigos", mas ter a certeza de que eles não te deixarão só! É como um casamento, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença!Não importa o tamanho dos seus inimigos, seus amigos sempre serão mais fortes, pois você acredita nisso! O pensamento tem mais poder do que se pode imaginar!

Como já se diz a muito tempo:"Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa filosofia"(não me recordo de quem era a frase).

Então meus amigos, aqui estou pro que der e vier! E sei que posso contar sempre com a vossa fidelidade, sei que não me deixarão jamais e isso me dá confiança em vocês e em mim mesma!

Aos que mais amo!

sexta-feira, 19 de março de 2010

...

Saudade de um tempo que se foi,

De coisas que se foram,

De historias já escritas,

De cartas já mandadas,

De amigos que não pertencem mais a este mundo,

Saudade de alguém que esteve comigo e se foi para nunca mais retornar ao que ja foi um dia,

Saudade, apenas saudades,

Sorry but I still missing you here with me! I can't accept what happened!!

Sorry!!

By ....

SilehC

sábado, 6 de março de 2010

Saudade

Lembrar de coisas que já se foram é parte da vida do ser humano, mas e quando uma pessoa só vive disso? Como seria só se lembrar de coisas que se passaram a muito tempo atrás?

Isso acontece com algumas pessoas que conheço, umas por causa de doenças da idade mesmo, outras por que suas vidas estão tão deprimentes que preferem lembrar dos bons tempos do que contruir novos!

O que faria com que as pessoas perdessem o interesse em viver? Bom, creio que eu mesma possa responder essa pergunta. Minha vida nunca foi um mar de rosas, sempre teve seus altos e baixos,ás vezes acompanhada, ás vezes só. A infancia foi tramatizante, muitas mudanças pra um ser pequeno.Adolescencia dinâmica, muitas coisas a fazer e pouco tempo pra diversão, sempre em meio a livros e aulas.

Atividades em excesso podem atrapalhar a vida dos adolescentes, no meu caso foi a falta de convivio com outros de mesma idade que eu. Passei tanto tempo entre livros e pessoas mais velhas que me esqueci que era uma criança ainda.Quando me dei conta, a infancia havia passado e a adolescencia também.

Então começa o dilema, estudar ou pirar de vez, optei pelo primeiro, não conseguiria, a mente estava tão modificada que seria como regredir no conhecimento. Isso acabou por me deixar triste e distante do meu mundo.

Pais não preencham a vida de suas crianças apenas com estudos!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Bobagens

Já parou e percebeu que seu trajeto estava todo errado? Tudo o que fez na vida foi para realizar o sonho dos outros? Bem, muitos de nós jovens chegamos a um ponto no qual nossa vida foi apenas em virtude dos que amamos, dos que nos acompanham a vida inteira.

Nem tudo na vida dever ser feito premeditadamente, creio que as vezes uma loucura não faz mal a ninguém! Uma conversa com alguém em quem confiamos, um passeio pra um lugar bem comum mas que tem importância em nossa vida. São esses pequenos fatos que nos deixam lembranças para a vida inteira!

Sejamos felizes! Enlouquecer na medida certa e no tempo certo não mata, apenas deixa memórias marcantes!

By SilehC

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A Vizinha do Crepúsculo das Cinco


Há certo tempo atrás, trabalhei em uma mansão próximo a um gigantesco castelo existente nos alpes montanhosos, servi a uma família da mais alta nobreza, sempre pensei jamais sair daquele lugar, pois eu adorava tudo aquilo. Todos os dias, quando o crepúsculo da tarde chegava, meus patrões saiam para um leve banho de sol, minha senhora não se agradava com o calor solar durante o dia, e meu senhor nunca iria contrariá-la.

Durante minha infância, criei-me brincando pelos corredores do castelo com uma outra criada, sempre fomos todos muito bem tratados por todos inclusive pela mãe de minha senhora, mas uma coisa sempre me intrigou a vizinha. Era uma mulher muito bonita que saia de casa todos os dias às cinco horas da tarde, sempre me questionei sobre os costumes daquela mulher em particular.

Certa manhã percebi uma movimentação estranha pela casa de nossa vizinha, uma vez que da sacada de meu quarto era bem visível a mansão próxima. Notei que ela não havia saído como de costume então, notei a sombra de um ser estranho dentro do quarto do segundo andar. Não tinha formas humanas, apenas um vulto de uma imensa capa, e uma cabeça que cobriu a sombra de mulher que ainda me era visível até instantes anteriores. Escondido atrás das cortinas de meus aposentos presenciei tal cena extremamente amedrontado, com o coração acelerado, a respiração ofegante e as mãos suadas, senti minha alma pular de meu corpo físico e se restabelecer novamente, senti como se um punhal estivesse me ferindo de morte.

Durante o tempo em que aparentemente me abstive de meus sentimentos carnais, senti como se meu ser tivesse desintegrado-se por inteiro de tal maneira que fosse até possível atravessar paredes sem o menor dos esforços que normalmente um ser carnal teria, meu ser abastecia-se de uma energia que não sei de onde se encaminhava para dentro de meu ser, a sensação era semelhante a de estar entre meio a um furacão ou a um vulcão em erupção, nunca, imagino eu , nenhum outro humano ter sentido tal força dentre seus órgãos que já não parecem tão vivos como antes de tal acontecimento.

Quando recobrei meus sentidos, busquei a sombra daquela que me atraiu tanta atenção em uma noite escura de lua nova, o silencio tomara conta da penumbra obscura da noite, o único barulho que conseguira eu escutar foi o de um grito feminino, que como uma afiada navalha cortou o silencio, um grito tão estridente que causou-me arrepios, meus sentidos sumiram novamente, acordei o dia seguinte com minha senhora a meus pés, chorando minha morte.

Percebi ao despertar, que não mais habitava meu corpo, mas sim flutuava sobre ele, uma força fez com que eu despencasse de onde estava e caísse novamente em meu estado humano, acordando meu corpo, minha senhora teve de tamanho espanto um desmaio repentino. Tive pressa em socorrê-la, todos se assustaram tamanha minha agilidade em apanhá-la entes de encostar-se ao carpe rubro do chão petrificado do castelo.

Quando todos os sustos haviam sido tomados e as faces desempalideceram-se, sai sorrateiramente em busca daquela que trouxera tamanho devaneio durante uma simples noite que mudara para sempre meu destino. Ao aproximar-me do portão, observei que este se abrira sozinho sem ajuda alguma, os cães como se de propósito, acompanharam-me até a antiga porta de madeira bruta trabalhada em desenhos de cenas que jamais havia eu as observado. Entrei na mansão, dirigi-me ao quarto do qual as sombras puderam ser vistas por mim da sacada, era um belíssimo quarto todo decorado em rubro e preto, as vidraças vermelhas davam um ar sombrio ao lugar, meu coração parou novamente, mas dessa vez não tive nenhuma sensação, apenas a de estar mais leve e frio que de costume, mas para mim aquilo não era nada incomum, desde menino sempre fui mais pálido e em partes frio que os outros com quem convivi. Percebi sobre a cama, um corpo em muito me era familiar, não sei se de sonhos ou realidade, era uma mulher, cabelos presos, negros como a noite anterior, vestida de preto e vermelho, seus trajes davam um ar de leve paz no recinto que mais parecia-me uma câmara mortuária, parei para observá-la melhor, um detalhe me chamou a atenção, havia um medalhão em seu pescoço que nunca eu vira antes, este com um detalhe central de rubi, lembrei-me de minha infância no castelo, eu havia sido encontrado nos portões com um medalhão, passei as mãos em meu pescoço e percebi um cicatriz que antes não havia, retirei o meu cordão e comparei os medalhões, ambos idênticos, apenas a gema era diferente em minhas mãos havia uma jóia de centro turquesa, um azul tão distinto dos que conhecera antes.

Distrai-me comparando detalhes e tentando entender o que se passara na noite anterior e nem me dei conta de que o crepúsculo já se aproximava. A mulher que repousava a meu lado abriu os olhos e sentou-se rapidamente, tão rápido que pareceu voar, dessa vez não me assustei, olhei em sua face, percebi traços meus em seu ser. Ela sem mover os lábios, como por telepatia convidou-me para um passeio ao pôr-do-sol, sem temer nada a acompanhei até o jardim, entramos em um labirinto, que como se sempre tivesse feito tal trajeto, andei entre seus corredores, ela então disse com uma voz tênue:

- Você deve estar se perguntando o que acontecera na noite passada? Tu não fazes noção do que te atingira, não é mesmo?

Um breve silencio pousou no local como se saboreássemos o luar, respondi então a ela, que minha única pretensão era a de saber o que havia acontecido pois sempre observei que fazia passeios diários a partir das cinco horas da tarde, e eu sabia disso, pois desde jovem vinha a observando com muito cuidado e atenção. Através do olhar que ela lançou sobre mim, logo percebi que não se tratava apenas de uma obsessão minha, mas havia outra coisa que não antes pudera ser dita.

- Meu querido, a sombra que vistes em minha janela, era a de um parente muito próximo seu, que viera reivindicar sua presença em um conselho de tua família! Aquele era teu pai que há muito te deixara sobre meus cuidados sendo que tua mãe morreu para te defender. Sou apenas tua ama e criada. Tudo o que tenho pertence a ti.

Senti-me confuso, sem chão sob meus pés. O mundo parecia desabar sobre minha cabeça. Pai? Que pai perguntava eu a mim mesmo. Eu havia sido criado como um órfão, um simples serviçal, agora sou dono de uma mansão. Não tinha noção de onde poderia ter surgido tal historia.

- Preste atenção, você é filho de um ser subumano, com poderes acima de sua compreensão, seu pai apaixonou-se por uma moça que vivia no castelo que tu foste criado, sua mãe é sua antiga senhora, e quem agora cuida de ti é tua irmã. Você já deve ter notado o fato de ser sensível a luz solar, seu reflexo em espelhos, e uma leve alergia a uma iguaria culinária, o alho? Seu pai é um vampiro, mas sua mãe é mortal, o que te protegeu de certos perigos, que a nós vampiros são de causa mortis.

Eu me perguntava por que não me quiseram, não cuidaram de mim, não conseguia compreender o porquê de tais acontecimentos em minha vida. Ela como se lesse meus pensamentos respondia-me:

- Você nasceu em uma era na qual a caça a vampiros e outros seres sobrenaturais estava no auge das atividades mais nobres da burguesia. Para manter-te vivo e a salvo de tais perigos, seus pais entregaram você a mim, e eu estive a te vigiar durante esses anos todos, mas agora, eles reivindicam você, querem que você se torne um deles por inteiro, eu neguei-me a te entregar por isso tens até meia noite para decidir o que queres fazer de tua vida: ser um criado ou o mais poderoso vampiro de sua linhagem milenar? Sua vida esta em suas mãos, e juntamente com ela a minha, peço que decida por sua felicidade.

Aquelas palavras soaram profundamente em mim, acordando sentidos que jamais havia eu percebido a existência destes. Após tantas revelações, o meu tempo passara, ela alertou-me da chegada de meu pai. A sensação de ver meu pai, frente a frente, animou-me a prosseguir uma luta pelo bem de ambas as comunidades: humanos e subumanos.

Levantei-me disse:

- Pai, vou contigo, quero aprender e ensinar a viver em paz com estes seres frágeis que nos rodeiam, quero que aprendas que não são apenas alimento, são também vidas como eu e você, e como minha mãe!


A partir dessa noite ninguém jamais nos viu durante o dia ou noite, nos tornamos invisíveis, sombras na noite a observar os humanos e seus atos. Mas minha ama continuou a sair todas as tardes às cinco horas do crepúsculo noturno.


by SilehC